sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

(sem nome)

A chuva deixou perdida algumas esquinas e muitas cartas
se foram as minhas, se foram as tuas
quem  sabe?

A chuva também levou minha identidade.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Mar

Mar
metade de minha alma
desfez-se em poesia.

(reescrita do poema de Sophia de Mello Breyner Andressen)

Fragmentos Esparsos

Escrevo no pequeno
tamanho exato
que preenche espaço
de mundo e  nada

***

Não é senão a terra um túnel
Porque aqui se morre e lá renasce
Há quem enterra aqui e lá recorte
espaço não esquecido pelo acaso

***
Coral
planta-flor
de cantar

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Frangmentos Inominados

Bem te quero, como a água do mar à areia da praia:
madrepérola lunar, crista de onda, espuma secular

***

Búzios
Esquecidas raízes da praia,
espalhavam nossos segredos

***

Senti saudades do sol quando a água fria do mar criou raíz em mim, enlaçou-se em nós

***

Os coráis
cantavam em todas as cores
as lembranças marítimas que tinham
furtacores

***

Todos estes que aí estão
atravancando meu caminho,
ficarão e eu caminho.

***

Sei-te
marítimo e acaso
perdido e multicor
arco-íris inexato

Sei-te
do teu sal
lágrimas tristes
além de Portugal



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