sexta-feira, 17 de abril de 2009

1915

Não sou nada
Meu ser no mundo se limita e esse um metro e oitenta e dois centimetros
que é minha medida no mundo
sou um pedaço de massa
bem medidos sessenta e seis quilo
e sei que não sou fixo
quando for não dirão: muda-se algo no mundo.
Não se calarão, nem comemorão;
serei sempre apenas o que tinha qualidades
o senhor dos perfumes
o conselheiro ácido e inexorável
nada mais.
E na dialética besta, seca e oca do mundo
ele continaará a não ser eu

A massa perderá sua flexível sustentabilidade
cairá, sob a terra estará lá
caída e desvanecida
incosciente

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