terça-feira, 9 de novembro de 2010

Louvação para a morte - ou do seu doce veneno

 Dos dias que acordo quase morto
e sinto tua foice gélida
a benzer  meu sono
a roer minhas pernas
a delizar em meu rosto
e desfazer-se em éter
me deixando em mármore
quase gelo quase pedra
reconheço teu argumento
para um renascimento
ou uma morte fatal
se necessário for

mas me responde

tu, que não sei se macho
não sei  fêmea 
não sei se animal 
ou homem raça
espécie
me responde
o porquê deste encontro
o porquê deste lamento.

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