Dos dias que acordo quase morto
e sinto tua foice gélida
a benzer  meu sono
a roer minhas pernas
a delizar em meu rosto 
e desfazer-se em éter
me deixando em mármore
quase gelo quase pedra
reconheço teu argumento
para um renascimento
ou uma morte fatal
se necessário for
mas me responde
tu, que não sei se macho 
não sei  fêmea 
não sei se animal 
ou homem raça 
espécie
me responde 
o porquê deste encontro
o porquê deste lamento.
o porquê deste lamento.





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