sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Marujo

nada se vê no além mar
não vem nada do além fronte
mas os ventos que pairam sobre nossa face
                                               
                                                como fala
                                                  e se fala
                                       cala como água

iluminam
sangram
contemplam
 
a nossa estada
essa marcha do mar 
à terra e volta o mar

no além tempo
no além mar
no além fora

É o fronte, é o mar
ladeados e separados
entre aqui e lá

Sei que és tu que sobes a colina
mas é meu velho corpo que atento
cruzo o oceano para te buscar

               e cá estamos
vivos apesar do tempo
  vivos apesar da hora.

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