sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Saudades

Sim, eu me perdi na chuva
não foi bobagem, não foi engano
foi saudade


***

Isto que escrevo com todos os carinhos
e que rejeitas, deixas de lado com desdém
não são palavras apenas.
São beijos, são saudades.


***

Diz-se assim dessas chuvas,
com muitos erres e tudo mais
Essas que consomem todos os alfabetos
e molham até a lama, até o útero da terra
Não é chuva, amor, é saudade.

***

Vou na chuva
e não me olhes
tudo isso que me envolve
água, vento, névoa
folha lama ou treva
se preciso for
me envolve
não é só a chuva
que lenta e fria cai
é esse teu riso
flor do Índico
É esse teu frio
me envolve
não me olhes

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