terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

VI


Página por páginas
as folhas dos jornais
passam-se
e no seu passar
levam meu pensamento
E pré-sinto
a cada movimento
o ir e vir intenso
do meu sofrimento

Que não sejam rimas
lanças ao vento
Que não sejam cacos
estroves, rendados
mas que sejam versos
escondidos e repletos
se possível, completos
mas que sejam pensamentos
lenços ao vento
e não apenas passamento.

Sei que é intenso o vagar do tempo
Senhor de todas as idades
mas que não seja tolo
vesgo ou fosco
o ir e vir de meu véu
posto que os braços meus
são as areias que vestem o corpo teu

Que não seja pouco
tolo ou encosto.
Pois que seja planta:
imóvel, verde, pálida
mas imortal.

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