quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A desconstrução da Persona



Talvez a maior mentira de cada pessoa seja dizer que é sempre fiel, real, honesto. A realidade começa quando admitomos as falhas. É o que está acontecendo comigo. Há algum tempo, de susto, tomei consciência dessa causa no ir e vir dos fatos, acontecimentos e visões. Acredito que tenho tomado novas posições, algumas delas benéficas me levaram a excelentes oportunidades, algumas das quais eu conscientemente recusei por não me sentir ou me encontrar preprarado para tal. Conheci novas pessoas, aprendi coisas sem livros. Estou me sentindo mais vivo e mais observável. A minha antiga persona está se remodelando... minha forma de ver o mundo e de me fazer presente nele também.

Ainda continuo receoso de algumas atitudes, continuo evitando determinadas coisas, mas essas "coisas" são posturas as quais me mantém sólido, fixo à minha natureza, ao meu desejo de sempre estar com as raízes estabelecidas. É bem verdade que agora alço vôos mais altos, enxergo com bem mais potência e nitidez as coisas da noite. Não estou mais amedrontável pelo ridículo.  Minhas exigências estão confluindo com o desejo das coisas; não sou mais tão emocionado, consigo ser racional quando preciso e me atenho ainda ao espírito criança que há em toda forma de beleza. Talvez meu estado de maturidade seja um misto disto tudo que há nas coisas: insônia, inorgânica, alegria, morte, melancolia. pulso, som, aroma, cor,muita cor, pois a alma das coisas é uma sinestesia.

Desde os quinze anos eu sabia que em cada pessoa há duas pessoas. O eu e o mim, e sabia diferenciar cada uma delas.. o eu é a forma como me relaciono comigo mesmo, meu estado bravio e selvagem, meu mais íntimo ser. O mim é a forma como os outros me vêm e como eu me apresento aos outros, com todas as suas sutilezas e problemas. Mas só agora tenho tomado consciência e incosciência, paulatinamente, de como isso tudo se relaciona, se mistura e contribui para eu ser e deixar de ser esse montante de possibilidades que me apresento. E você ? Como me vê?

Evidente que não tenho deixado de lado minhas burrices. É bom levar uma patada, uma crítica ruim e um desaforo às vezes, principalmente quando eles têm razão, assim como aquele " você tem um leve ar de

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