sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Animais de Poder, Xamanismo e Psicanálise


A concepção dos Totens, outro nome dados aos animais de poder, tem origem no xamanismo e práticas religiosas dos povos tribais, remontando à história primitva do homem, quando a sobrevivência dependia do conhecimento que o homem tinha do seu meio e de como ele podoeria se relacionar positivamente com esse meio, para que a vida do grupo estivesse garantida.

Essa relação foi transmitida atráves da cultura até os nossos dias e acabou por formar aquilo que o psicólogo Carl Gustav Jung veio a chamar de arquetipo. Jung definiu os arquetipos como entidades incogniscíveis e não diretamente representáveis, ma capazes de produzir efeitos observáveis em nível simboĺico. É justamente dessa forma que os animais de poder se relacionam conosco. De modo subjetivo, e muitas vezes inconscientemente, os animais totem determinam nosso comportamento, sendo parte da nossa personalidade.

No ano de 1910, Sigmund Freud concebeu a primeira teoria a respeito sobre o aparelho psíquico humano. Essa teoria concebia a existência de três estágios do psiquismo: inconsciente, pré-consciente e inconsciente. Esses três estágios estariam relacionados à maneia como nos comportamos e compreendemos o mundo. Sendo assim, o inconsciente refere-se àquilo que foge à nossa consciência, ou seja, aquilo o qual desconhecemos, pois está escondido em nossas entranhas, e está lá por determinação dos padrões sociais, que não os aceita. Podemos dizer que são os nossos desejos reprimidos que estão no inconsciente. O pré-consciente relaciona-se aos conteúdos os quais estão inconscientes, mas que podem ser revelados. É análogo a uma membrana, ou a uma cortina que pode mostrar aquilo que se faz necessário e permitido ver. O consciente é o meio de comunicação entre nossas percepções do mundo exterior e do mundo interior. É onde está localizada a percepção. Entre 1920 3 1923, Freud reformulou essa teoria inserindo três novos conceitos: id, ego e superego. O id é o reservatório inconsciente de nossa energia psíquica. É regido pelo princípio do prazer. É o que por vezes chamamos de vontade incompreensível O ego é o Eu. É nele onde as exigências sociais e as vontades pessoais são confrontadas, com as condições objetivas da realidade. O ego é regido pelo príncípio da realidade. O superego relaciona-se àquilo que podemos chamar de valores. Ele funciona como um controlador, do desejo em relação àquilo que consideramos com real.

No rito dos animais de poder, podemos observar a existência de três animais: um primário, um secundário e um terciário. O animal primário representa as nossas atitudes mais frequentes, é relacionado ao inconsciente está sempre presente em nossas vida e é constante. O animal secundário é a ponte entre a força e a razão. É o controlador assim como o superego e regula as exigências socias em contarparte às necessidades humanas e desejos. O animal terciário é aquele que representa como vemos o mundo e como nos comportamos diante dele.

Tomemos como exemplo o indivíduo que tem como animal primário uma coruja, secundário uma fênix e terciário um dragão. A coruja é simbolo da sabedoria, da magia e da visão, análoga à condição de primeiro animal ela representa aquilo que determina as atitudes. A fênix no posição secundária determina que o indivíduo tem um regulador duplo ( já que essa é uma das caracterśiticas do animal); é uma consciência que está aberta às experiências e seu comportamento e emoções são refeitas, renascidas com vigor. O dragão representa o modo como o mundo é compreendido e encarado. É uma pessoa que utiliza-se da intuição e do vigor emocional pra se relacionar.

1 folhas:

goooooood girl disse...

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