sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Elegia para um dia de Chuva




Aqui dentro chove e faz frio.
No ir e vir dos passos
o salão perde seus compassos
e meu coração chora;
sofreguidão.
Ah quem me dera poder executar aquela valsa
e encher de cores o correr do coração;
um mundo de aliterações.
Ainda mais bela é a sinestesia
que me rouba as sensações;
de forma egoísta e emblemática
me faz ver os cheiros que são teus
e apenas teus.

Ah quem me dera se tu soubesses o quanto eu te amo;
mas melhor seria se tu de forma semelhante também me amasse.
Quem me dera não ser tão humano.
Não , não amasses meu coração.
Do meu amor por inteiro ,
dei-te meio a meio,mas no fim... meio não a meio.
Medo.
Que coisa estranha esse não passar de segredos.
Misturam-se cores e sinfonia
Que ingrata ironia
o passar dos dias
em que me vejo
sem você
calo.

João Pessoa , 11 de Abril de 2008

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